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domingo, 27 de março de 2011

Depressão - SAUDADES DO MEU PAI

Oi pessoal, tudo bem com vocês? Espero que sim... vou postar por aqui algo que está fazendo parte da minha vida.... infelizmente estou com DEPRESSÃO.... uma doença que atinge quase todas as mulheres  neste nosso mundo louco...

A Depressão o mal que aflige muitas pessoas



Definição

Depressão : Substantivo feminino acto ou efeito de deprimir; diminuição de pressão; cavidade pouco funda; abatimento físico, intelectual ou moral
Muitas vezes fico com a sensação de que não tenho nada de novo para dizer. Limito-me a simpatizar com a minha causa. Este site é uma tentativa de me motivar com qualquer coisa, para ver se consigo combater esta depressão. Gostaria que funcionasse como uma espécie de tubo de escape criativo, sem deixar de ver a realidade, mas tentando fazê-lo de uma forma mais positiva. Na verdade sei que tenho alguma coisa nova para dizer, pensar, viver, desejar... mas não consigo decidir o que é. É esta indecisão que torna tudo tão insuportável. E é com ela que quero acabar.


O testemunho de um homem preso entre o prazer e a dor

Este mundo é doentio. As coisas têm-me corrido mal. Antes do mínimo gesto, parece-me que tenho que pensar 20 vezes, falta-me a energia, agora começo a perceber porquê, tento lutar mas não encontro razão, mas eu sei qual é a razão, ou pelo menos penso que sei, porque há sempre algo a questionar. Quando é que vou descobrir a verdade, não sei, mas sei que estou desiquilibrado, e não tenho feito muito para compensar o desiquilibrio. Se mexemos na água criamos ondas... ao tentar contrariar essas ondas, só vou criando mais ondas. Por isso, a única maneira será deixar a àgua fluir sem mexer nela. Aquilo que ainda hoje me parece incrível é que nunca tenha conseguido conseguir nada daquilo que me é prometido. Talvez seja porque fico à espera que as coisas venham de uma fonte exterior quando tenho que aceitar a minha solidão no mundo e causar a mudança que quero ver. A frustração acumula-se e causa a depressão, e ao mesmo tempo tenho a ligeira percepção de que sou eu que estou a causar inconscientemente este sofrimento. Tornei-me numa vítima dos acontecimentos, tudo me parece afectar de uma forma negativa. A única solução será parar e não pensar durante algum tempo. Quando me sentir inflado por sensações fortes, parar e não pensar por um momento. Tento ser equilibrado... tenho que me lembrar que o prazer traz sempre a dor acoplada, não sei porque é assim, mas se tem sido assim até agora é melhor aceitar isso e basear-me nesse pressuposto. Viver a vida? Viver a vida é sem dúvida conhecer-me a mim próprio, mas o que aconteceu com o meu amor pelos outros? Porque me sinto tão isolado do resto do mundo e tão culpado por isso. O que sinto é uma ilusão, no domínio da sensibilidade posso ser facilmente enganado, dominado por emoções negativas de cada vez que procuro aproximar-me da luz. Será que algum dia vou conseguir esquecer essa minha tendência? Lá no fundo, espero que não. Quero estar só, mas tenho que lidar com as pessoas correctamente para o conseguir. Não quero ter vergonha daquilo que sou. Bastava que tomasse a decisão certa no momento certo e tudo poderia mudar a partir daí... será que é legítimo ficar à espera que surja a vontade de fazer uma coisa que achamos que deve ser feita. O dever e a vontade, forças contraditórias? Nem sempre. O amor pode uni-las, pelos vistos. Mas amor não se encontra assim tão facilmente, ou talvez nós evitemos encontrá-lo, tomando precauções para tornar a felicidade impossível. O sabor da frustração fica muito tempo na boca, mas não fica para sempre.

È Uma vida Lixada...

E tal como todas as outras coisas a depressão tem que ter uma causa. Se a depressão é geralmente identificada com dor e sofrimento, talvez a causa esteja nalguma forma de prazer bastante estranha. Eu acho que deriva de um amor próprio muito profundo, aliado a uma frustração, uma divisão de dois mundos, o mundo da fantasia rebuscada e o mundo da realidade aborrecida. E a distância entre os dois vai aumentando, e ao fim de algum tempo senti que havia cada vez mais actividade mental e menos actividade física. E como nada fazia para mudar a realidade pois já tinha dado por perdida qualquer hipótese de a realidade se aproximar da minha fantasia, cada vez mais impossível de realizar, instalou-se a frustração. Mas parece-me que o passo mais difícil tem sido abdicar da fantasia. Embelezamos tanto as nossas fantasias com sentimentos nobres e outras coisas que tal, ao ponto de até a escrita que antes era uma forma de libertação, ser apenas um reflexo dessas fantasias... e frustrações. Não há uma sem a outra. A não ser que sejamos humildes nas nossas ambições e os nossos objectivos não estejam colocados num plano longínquo. Se não quisermos mais do que o que necessitamos, talvez aí haja equilíbrio e libertação dos opostos Fantasia/Frustração. E depois também há a paranóia. Essa, que quando o cansaço se instala ataca impiedosamente o hedonista desprevenido. Uma visão distorcida da realidade, assustadora por vezes, creio que é também um reflexo dos nossos medos, daquilo que nós queremos esconder de nós mesmos. Como são experiências intensas, fica-se com a idéia de que tudo na paranóia tem um significado especial, que vale a pena ficar a pensar horas e horas sobre aquilo que pensamos e sentimos durante a paranóia. Mas não vale. Mais vale seguir em frente e pronto. É uma vida lixada....

A Paranóia é Real

Continuo a ter uma ideia muito precisa daquilo que é o sistema, o big brother. Cada vez mais acredito que não se trata de um indivíduo, nem sequer de nenhum grupo de pessoas, nem sequer de um objectivo comum. Imagino cada vez mais o sistema como uma força maligna, que existe dentro de cada um, uma força caótica. Nestes tempos que se vivem, em que supostamente estamos numa sociedade super-organizada, super mecânica, dentro de mim existe o caos, a esquizofrenia pronunciada e reprimida. É horrível, mas orgulho-me de conhecer os meus dois lados. Um que anseia pela pureza, e outro que anseia pela escuridão e por tudo o que é desumano. Mas mesmo deus é desumano.
Faço tudo para contrariar os meus impulsos positivos. Também não quero deixar-me sugar pelos negativos, cada vez menos importa aquilo que quero, o que tenho, para onde vou, desde que me sinta bem... mas o sentir-me bem cada vez mais depende exactamente destes factores que acabo de mencionar? Não sei, já fui e vim várias vezes, agora procuro um mínimo de equilíbrio. Hei-de enfrentar a depressão com música e noites de desabafos solitários, hei-de encontrar alguém que me ajude a a acabar com a essa ideia de solidão. E não vou deixar de trabalhar, não vou culpar o trabalho pelo meu estado de espírito, não vou agir baseado nos impulsos ou na preguiça. Quero ser outra vez capaz de manter a calma.
Por outro lado, sei que também não vou encontrar a satisfação ou a realização em lado nenhum enquanto me sentir assim tão ansiosa... Não sei o que fazer. Cada vez durmo pior. Já sei que a seguir a um momento mau vem sempre um melhor, mas mesmo assim, não sei se vale a pena uma pessoa esforçar-se tanto para não ter um único momento de satisfação. É sempre uma merda, os meus dias são uma merda. Não me falta nada, mas não é por isso que deixam de ser uma merda. Começo a ter vontade de morrer. Rápida ou lentamente, mas tenho vontade de morrer. Posso ir a um psiquiatra, posso tomar comprimidos, mas só o facto de ter que recorrer a essas coisas para poder ter uma vida normal, faz-me sentir triste e deprimida. Este texto foi extraído de: http://decadencia.home.sapo.pt/depressao.htm



MEUS PAIS....MEU PAI(SAUDADES)


Estou tomando antidepressivos, mas sinto que não estão fazendo efeito, hoje passei o dia lembrando do meu FALECIDO PAI.... sinto muito a falta dele.... gostaria muito de que ele estivesse aqui comigo...acredito que eu seria diferente...ou não.... eu só sei de uma coisa vai fazer 21 anos que ele partiu,,, mas as vezes parece que foi ontem...hoje... as vezes quando estou dirigindo me  pego pensando nele, como se eu estivesse conversando com ele ali .. ele comigo no carro indo comigo nos lugares...é difícil.... caio na real e vejo que ele não está mais presente fisicamente...o que fazer ???  será que Freud explica?